A Cofina, que detém, entre outros títulos, o Correio da Manhã, Record, Jornal de Negócios e revista Sábado, anunciou hoje alterações à estrutura do grupo editorial. Nas mudanças, destacam-se as nomeações do diretor do Correio da Manhã, Octávio Ribeiro, para a liderança de uma nova área de publishing, e do diretor-adjunto do Correio da Manhã, Eduardo Dâmaso, para diretor da revista Sábado.
Segundo comunicado do grupo de media, a criação de uma área de 'publishing' visa "obter importantes sinergias entre os seus títulos de imprensa, plataformas digitais e televisão", nomeadamente "importantes vantagens entre as redacções dos diversos títulos detidos pela Cofina Media".
Nas suas novas funções de publisher, Octávio Ribeiro fica responsável, além do Correio da Manhã e da Correio da Manhã TV, pela Sábado, Flash, TV Guia, pelo jornal gratuito Destak e pelo projeto Aquela Máquina.
Eduardo Dâmaso, que sai do Correio da Manhã, substitui Rui Hortelão, cuja saída foi anunciada na semana passada, na direção da Sábado .
No âmbito do processo de reestrututação em curso, foi também criada a função de coordenador da área editorial digital e multiplataforma que será assegurada por Alfredo Leite, que já era coordenador do site do Correio da Manhã e que passa a responder também pelos sites das revistas Sábado e Flash.
Diogo Torgal Ferreira mantém-se como diretor do jornal Destak e o projeto Aquela Máquina continuará dirigido por Rui Faria. Luísa Jeremias, diretora da TV Guia e da Flash , passa também a liderar as revistas Vidas e Sexta do Correio da Manhã.
No início de março, foi noticiado que o grupo Cofina iniciou uma reestruturação com o objectivo de reduzir custos e que poderá levar ao despedimento de trabalhadores. As notícias sobre despedimentos eram, no entanto já anteriores, tendo o Sindicato dos Jornalistas solicitado, no início de fevereiro, uma “reunião urgente” com a administração do grupo na sequência de informações dando conta de “tentativas de extinção de posto de trabalho” na revista Sábado. A reunião acabou por ter lugar a 24 de Fevereiro e, segundo o sindicato, a administração da Cofina terá referido a necessidade de redução de custos para fazer face à quebra nas vendas em banca e à diminuição das receitas da publicidade.
Em 2016, os lucros do grupo Cofina foram de 4,3 milhões de euros, registando uma descida de de 14,4% face aos 5,1 milhões registados em 2015.
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