De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o PDT anunciou esta terça-feira que ai apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva na segunda volta das eleições brasileiras para a Presidência da República.
O candidato do PT vai disputar a segunda volta, marcada para 30 de outubro, contra Jair Bolsonaro, o Presidente em exercício.
A decisão do PDT foi tomada depois de uma reunião da Comissão Executiva Nacional do partido na sua sede, em Brasília. De acordo com o presidente do partido, Carlos Lupi, foi uma "decisão unânime, sem nenhum voto contrário" de "apoiar o mais próximo da gente, que é a candidatura do Lula".
Entretanto, Ciro Gomes — que ficou em quarto lugar com aproximadamente 3,5 milhões de votos — fez saber através de uma publicação no Instagram que apoia a decisão do seu partido.
Ainda antes desta publicação, Lupi já tinha anunciado que o candidato "endossou" a decisão do PDT. "Eu falo pelo partido. Ele participou na reunião e disse que endossa integralmente a decisão do partido", afirmou.
"O Ciro não viajará, ficará aqui no Brasil e já declarou o apoio ao partido", completou. Esta menção deve-se ao facto de que, em 2018, Ciro Gomes abandonou o país após ser derrotado na primeira volta das eleições presidenciais e não apoiou a candidatura de Fernando Haddad, do PT, o que lhe valeu duras críticas.
"Bolsonaro, na nossa opinião, representa o atraso do atraso do atraso desse país, um aspirante a ditador, malversador do dinheiro público, um homem da falsa fé cristã", disse Lupi. "O nosso trabalho para derrotar Bolsonaro tem de ser a prioridade absoluta. Derrotar Bolsonaro é uma causa nacional, uma causa da pátria, uma causa dos democratas", completou o presidente do PDT.
Na noite eleitoral da primeira-volta, Ciro Gomes não anunciou se apoiaria Lula da Silva. "Deem-me mais algumas horas para falar com o meu partido, com os meus amigos, para ver como mais bem servir a nação brasileira", pediu, antes de abandonar o palco, o ex-governador do Ceará e antigo ministro de Lula da Silva.
Ao longo da campanha, Ciro Gomes teceu duras críticas a Lula da Silva, acusando-o de corrupção, o que gerou declarações de voto de apoiantes ao candidato do Partido dos Trabalhadores.
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