“Paulo Cafôfo fanaticamente elogia o regime e Alberto João Jardim como 'o grande democrata Alberto João Jardim'” e “defende a continuação do regime”, disse o candidato, referindo-se a uma entrevista dada pelo cabeça de lista do PS ao jornal Expresso, na qual afirma que o antigo presidente do Governo Regional "é uma personalidade inigualável" e que "é impossível alguém sequer comparar-se com ele".
Edgar Silva falava na freguesia do Caniço, concelho de Santa Cruz, durante uma ação de campanha.
Para o comunista, as palavras de Paulo Cafôfo foram “muito importantes” para a “atual situação política”, porque “criam dois polos muito claros”.
“De um lado está Miguel Albuquerque e o PSD, que estão de braço dado no prolongamento do regime, mas agora Paulo Cafôfo e o PS, com os elogios ao jardinismo, quase fanáticos, veem contribuir para uma demarcação dos polos. Há o polo dos que elogiam o jardinismo e os que querem mais jardinismo para a região e aí está Miguel Albuquerque e Paulo Cafôfo”, afirmou.
“Depois há uma outra via, que é de quem luta por uma alternativa e luta na Madeira por mais e melhor democracia”, como a CDU, acrescentou.
Edgar Silva reafirmou que a CDU e os seus simpatizantes têm de estar “profundamente mobilizados para a campanha, que visa eleger deputados”.
“Depois de eleitos os deputados, iniciaremos um outro tempo que logo veremos qual será. Este é o tempo de trabalhar pela eleição de deputados”, afirmou.
A candidatura da CDU seguiu depois pelas ruas do Caniço a distribuir panfletos e a contactar com a população, enquanto gritava palavras de ordem como "CDU, voto eu e votas tu" e "agora e sempre CDU está presente".
As eleições regionais legislativas da Madeira decorrem no domingo, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.
PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.
Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta – com que sempre governaram a Madeira - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.
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