Nenhuma outra grande cidade dos EUA registou dias de 43 graus como Phoenix, disse o historiador meteorológico Christopher Burt, da Weather Company dos EUA.
“É a sequência mais longa que já vimos neste país”, reforçou o diretor do Grupo de Análise Climática da NOAA, Russell Vose, que preside ao comité de registos nacionais.
Ja na segunda-feira o calor bateu recorde na capital do Arizona e na noite de segunda para terça-feira a temperatura não baixou o necessário para o arrefecimento e o termómetro atingiu hoje 37,8 C antes das 09:00, pelo sexto dia consecutivo.
É “muito triste quando não há nenhuma recuperação durante a noite”, disse o meteorologista do Serviço Nacional de Meteorologia Matt Salerno, referindo-se ao facto de a mínima noturna em Phoenix ter caído apenas para 34,4 C, sendo o nono dia consecutivo com temperaturas acima de 32,2 C, outro recorde.
“A exposição prolongada ao calor é mais difícil de suportar do que dias quentes únicos, especialmente se não estiver se refrescando à noite o suficiente para dormir bem”, disse Katharine Jacobs, diretora do Centro de Ciências e Soluções de Adaptação Climática da Universidade de Arizona.
A onda de calor de Phoenix tem causas de longo e curto prazo, disse Randy Cerveny, da Arizona State University, que coordena a verificação de registos meteorológicos para a Organização Meteorológica Mundial.
“O longo prazo é a continuação do aumento das temperaturas nas últimas décadas devido à influência humana no clima, enquanto a causa de curto prazo é a persistência nas últimas semanas de uma onda muito forte de alta pressão no oeste dos Estados Unidos,” disse.
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