“Algumas autarquias [da região] ainda não deram essa indicação, mas é compreensível, na medida em que o Governo anunciou na quinta-feira, vésperas de feriado e Páscoa, o plano que dá continuidade ao desconfinamento. É natural que ao longo da semana essa informação vá sendo disponibilizada”, disse Fernando Sá.
Segundo o responsável, “depois de três meses em casa e de em 2020 terem trabalhado apenas meio ano, os feirantes vivem na esperança de que o retomar da atividade lhes permita fazer face aos prejuízos, que são elevados”.
Contudo, salientou, “é preciso ter em conta que o país atravessa grandes dificuldades económicas”.
A data para a reabertura das feiras e os mercados de venda de produtos não-alimentares, cuja realização se encontra suspensa desde 15 de janeiro devido à pandemia de covid-19, foi anunciada a 11 de março e reafirmada na quinta-feira, pelo Governo, mas a medida fica sujeita a autorização municipal, à semelhança do que já aconteceu no primeiro confinamento, em 2020.
De acordo com o presidente da AFMRN, “os feirantes já não aguentavam mais esta paragem, que foi mais longa do que a do no primeiro confinamento, durou quase dois meses e meio, o que originou situações bastante dolorosas para as famílias que vivem desta atividade”.
Também a Federação das Associações de Feirantes estima que a partir de hoje cerca de 2.500 mercados e feiras voltem a realizar-se todos os meses e apela aos municípios que isentem os feirantes do pagamento de taxas.
“Na grande maioria dos municípios está tudo preparado, por parte dos presidentes de câmara, para a partir do dia 5 de abril se dar a reabertura dos mercados de produtos não alimentares, não se esperando que haja intransigência das autarquias”, disse à Lusa o presidente da Federação Nacional das Associações de Feirantes (FNAF), Joaquim Santos.
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