Segundo a especialista, que tem mandato do Conselho de Direitos Humanos, mas não fala em nome da ONU, "o genocídio da população palestiniana parece ser o meio para alcançar um fim: a completa expulsão ou erradicação dos palestinianos da terra que é parte essencial da sua identidade, e que Israel cobiça ilegal e abertamente".

"O genocídio em Gaza é uma tragédia anunciada, e existe o risco de que se estenda a outros palestinianos que vivem sob o domínio israelita", disse Albanese.

O "objetivo de 'Grande Israel' ameaça suprimir a população autóctone palestiniana", acrescentou Albanese, uma jurista italiana.

Israel está em guerra com o Hamas na Faixa de Gaza desde o ataque do grupo islamista palestiniano a 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, quando 1.206 pessoas morreram, a maioria civis, e 251 foram sequestradas.

Das pessoas sequestradas no dia, 97 permanecem em cativeiro em Gaza, mas 34 foram declaradas mortas pelo Exército.

Em resposta, Israel iniciou uma ofensiva em Gaza que já deixou 43.020 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.