Ao ser questionado sobre o eventual reconhecimento por Bruxelas de uma Catalunha independente, o antigo ministro francês considerou que “as coisas estão claras aí”, e precisou: “Imaginemos que vai haver uma independência, e nessa situação uma Catalunha independente não seria membro da União Europeia”.
“A União Europeia apenas reconhece um Estado-membro que é a Espanha. Mas estamos no domínio da ficção porque na realidade não existe a independência catalã”, acrescentou nas declarações à emissão “Questions d d’info” LCP-franceinfo-Le Monde-AFP.
“Não entremos na política ficção”, insistiu Moscovici, ao responder à eventualidade de Barcelona se envolver num processo de adesão à UE.
O antigo ministro socialista definiu como “questão dolorosa” o braço de ferro entre Madrid e Barcelona, devendo ser “resolvido pelos espanhóis”.
“Não é em Bruxelas, nem em Paris, nem noutro local que a situação deve ser solucionada”, sublinhou, para apelar ao diálogo e à distensão após as “imagens” de violência do fim de semana, “que chocam legitimamente”.
O impasse permanece total entre o Governo espanhol do conservador Mariano Rajoy e as autoridades catalãs independentistas, devido ao referendo independentista de domingo.
Nesta consulta, declarada ilegal e suspensa pelo Tribunal Constitucional espanhol, participaram 2,2 milhões de pessoas, num censo de 5,3 milhões (42%), com 90% dos votos a favor da independência, segundo referiu o Governo regional da Catalunha.
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