Os 13 venezuelanos, que viram os seus direitos de viajar para os EUA negados e alguns dos seus bens congelados, incluem membros do governo, das forças armadas, da polícia, da empresa petrolífera estatal (PDSVA) e membros da nova assembleia que pretende rescrever a constituição do país.
Esta é a terceira ronda de sanções imposta pela administração de Donald Trump, que planeia novas medidas, incluindo parar de comprar petróleo ao país, caso seja necessário.
O presidente Trump já prometeu "fortes e rápidas medidas económicas" se o presidente Maduro avançar com o seu plano, mas membros do Departamento de Estado e do Conselho de Segurança Nacional temem que o fim das importações de petróleo prejudique uma população já muito castigada.
A Venezuela cumpre esta quarta e quinta-feira uma greve geral de 48 horas convocada pela oposição.
A escalada de protestos da oposição contra a Assembleia Constituinte vai continuar na sexta-feira com uma manifestação que pretende ser uma "tomada" simbólica de Caracas, na qual vão vai também participar cidadãos do interior do país.
Também na sexta-feira, o Presidente Nicolás Maduro vai encerrar a campanha para a Assembleia Constituinte, com o que o chefe de Estado disse ser "a mãe dos fechos de campanha constituinte", na Avenida Bolívar de Caracas, na capital do país.
A oposição venezuelana acusa o Presidente Maduro de pretender usar a Assembleia Constituinte para impor uma constituição ao estilo de Cuba.
Além disso, a oposição tem denunciado que o processo é fraudulento, porque seria necessário, segundo a legislação em vigor, realizar um referendo consultivo para que o povo decida se quer ou não uma Constituinte.
As manifestações a favor e contra Maduro intensificaram-se desde 01 de abril passado, depois de o Supremo Tribunal ter divulgado duas sentenças, que limitam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assume as funções do parlamento.
A 01 de maio, Maduro anunciou a eleição de uma Assembleia Constituinte para alterar a Constituição, o que intensificou os protestos que, desde abril, provocaram pelo menos 100 mortos.
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