O Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México, anunciou hoje que pelo menos 15 funcionários estão a ser avaliados depois de uma brecha que envolveu uma caixa de luvas e que estava a ser utilizada para manusear o plutónio.
O incidente aconteceu em junho.
O espaço onde se encontrava o plutónio foi protegido para garantir que não havia quaisquer riscos para a saúde ou para a segurança pública, explicaram, em comunicado, os trabalhadores deste laboratório à Associated Press.
“Os funcionários do laboratório responderam rápido e adequadamente, e limparam a sala de maneira segura”, explicita a nota.
Ainda não é possível saber quando tempo vai demorar a investigação e que mudanças podem vir a ser feitas para evitar um incidente semelhante.
Los Alamos, inaugurado em 1943, ainda decorria a II Guerra Mundial, estava a preparar o aceleramento da produção de núcleos de plutónio, que são utilizados para ativar o armamento nuclear dos Estados Unidos.
O laboratório pertencente ao Departamento da Energia norte-americano tem como objetivo, até 2026, a produção de 30 núcleos deste tipo por ano.
Esta intenção atraiu as críticas de organizações de vigilância nuclear, que há vários anos demonstram preocupações relativamente à segurança deste laboratório.
As autoridades norte-americanas também manifestaram receios relativamente à capacidade do Governo de limpar os locais contaminados há várias décadas, decorrente da construção de armamento nuclear e pesquisa de novos instrumentos bélicos.
Los Alamos, que se tornou um enorme complexo de investigação nuclear, começou por ser uma instalação secreta nas montanhas do Novo México, onde cientistas e militares norte-americanos se reuniram para desenvolver o “Projeto Manhattan”, responsável pela criação da primeira bomba atómica.
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