Homan foi diretor interino da agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira (ICE, na sigla em inglês) entre janeiro de 2017 e junho de 2018.

“Tenho o prazer de anunciar que o antigo diretor da ICE e um bastião do controlo das fronteiras, Tom Homan, se juntará à administração Trump, responsável pelas fronteiras da nossa nação”, escreveu na noite de domingo o republicano.

Além de supervisionar as fronteiras sul e norte e “a segurança marítima e aérea”, Trump disse que Homan “será responsável por toda a deportação de estrangeiros ilegais de volta para o país de origem”.

O presidente eleito, de 78 anos, prometeu lançar, no primeiro dia do segundo mandato, a maior operação de deportação de migrantes ilegais da história dos Estados Unidos.

O magnata disse na sua rede social Truth Social que “não tinha dúvidas” de que Homan “fará um trabalho fantástico e que há muito é esperado”.

A nomeação de Homan não carece de confirmação do Senado, a câmara alta do parlamento dos Estados Unidos.

Durante a campanha eleitoral, Donald Trump atacou repetidamente os migrantes ilegais que acusou de “envenenar o sangue” dos Estados Unidos, e prometeu restabelecer uma política de separação familiar na fronteira.

Durante o anterior mandato de Donald Trump (2017-2021), quase quatro mil crianças migrantes foram separadas dos pais e colocadas em detenção.

Horas antes do anúncio de Trump, Homan disse numa entrevista à televisão norte-americana Fox News que os militares não iam deter e prender imigrantes ilegalmente no país e que a ICE ia agir de “forma humana”.

“Será uma operação bem direcionada e planeada, conduzida pelos homens da ICE. Os homens e mulheres da ICE fazem-no diariamente. São bons nisso”, disse Homan.

“Quando formos ao terreno, saberemos quem procuramos. Provavelmente, saberemos onde estão e isso será feito de forma humana”, garantiu.

Homan é o segundo nome anunciado para a futura administração de Donald Trump, depois de Susie Wiles, a arquiteta da campanha vitoriosa do republicano.

Trump sublinhou na quinta-feira que a sexagenária será a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe de gabinete presidencial.

O magnata foi eleito o 47.º Presidente dos Estados Unidos, tendo superado os 270 votos necessários no colégio eleitoral, quando ainda decorre o apuramento dos resultados.

O Partido Republicano recuperou ainda o Senado (câmara alta da Congresso) ao ultrapassar a fasquia de 51 eleitos, enquanto na Câmara dos Representantes (câmara baixa) os últimos dados indicam que se encontra igualmente na frente no apuramento, com 210 mandatos, a apenas oito da maioria.