Em comunicado, a PróToiro considera a recomendação do conselho estratégico da candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura "um ato de censura", que revela "uma cobardia e um servilismo surpreendentes e inaceitáveis num país livre, democrático e respeitador dos valores da diversidade e da liberdade".
O conselho estratégico da Rede 2027 "comete uma censura cultural inadmissível", devendo o seu posicionamento sobre a matéria tauromáquica ser "amplamente repudiado", frisa a federação.
A recomendação da Rede Cultura 2027, divulgada no dia 15, não interfere com a programação específica dos 26 municípios que integram a candidatura, mas pede que atividades tauromáquicas não integrem a programação transversal do projeto, considerando que as mesmas são "rejeitadas por parte significativa da opinião pública" e merecem "viva condenação por parte de organizações cívicas e de defesa dos direitos dos animais".
Para a PróToiro, esta posição "renega parte da cultura portuguesa", devidamente "regulada e tutelada pelo Ministério da Cultura", por "medo do barulho e das críticas de que pode ser alvo por parte de uma minoria ruidosa nas redes sociais".
A federação considera que o conselho estratégico da candidatura de Leiria "ignora que a tauromaquia portuguesa é uma parte única no mundo" e "pilar fundamental nos desenvolvimentos social, económico e cultural".
"Esta visão medrosa e acanhada contrasta, aliás, com o que outras cidades candidatas à Capital Europeia da Cultura estão, neste momento, a fazer", defende a PróToiro no comunicado, lembrando que a Eslovénia, cuja capital Liubliana será Capital Europeia da Cultura em 2025, "promove este ano um dos maiores festivais de fotografia da Europa, para o qual o Grupo de Forcados de Coruche será o embaixador oficial do evento".
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