Antes da votação final global de um diploma que exigia registo eletrónico, Marcos Perestrello pediu a palavra para informar de problemas com o terminal e dizer que estava presente e iria votar de acordo com a sua bancada.
“Não se conseguiu registar eletronicamente porque já estavam encerradas as inscrições eletrónicas”, respondeu o também socialista Ferro Rodrigues.
“Ó senhor presidente, isso não é verdade. O senhor presidente vê em cada deputado um adversário, não é isso que se passa, o sistema desligou-se quatro vezes”, afirmou Perestrello, já num tom exaltado.
No final da votação eletrónica, ainda no início do guião, Ferro Rodrigues passou a condução dos trabalhos à vice-presidente da Assembleia da República Edite Estrela.
Já esta semana, o deputado do PSD Pedro Pinto tinha-se queixado de problemas semelhantes com o registo durante as votações, com Ferro a responder que teria chegado demasiado tarde para se registar. Nessa ocasião, o deputado social-democrata ripostou que tinha acabado de chegar do hospital.
Há uma semana, o período de votações regimentais na Assembleia da República já tinha ficado marcado por alguma confusão e falhas do sistema técnico e gerado um protesto do deputado socialista Sérgio Sousa Pinto.
“Senhor presidente da mesa, tem de ter paciência para os seus deputados”, foi o conselho dado, em tom áspero, por Sérgio Sousa Pinto ao presidente do parlamento, Eduardo Ferro Rodrigues, numa altura em que se multiplicavam os pedidos de intervenção de vários deputados que não conseguiam registar o voto eletrónico.
Nessa mesma data, Marcos Perestrello, também presidente da Comissão de Defesa, protestou com a Mesa da Assembleia da República por se ter discutido sem tempos o acordo entre a República Portuguesa e a República Centro-Africana sobre Cooperação no Domínio da Defesa, recebendo como resposta de Ferro Rodrigues que a decisão tinha sido tomada pela conferência de líderes.
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