“Informei sobre a situação no campo de batalha. Em particular, que as Forças Armadas da Ucrânia conseguiram estabilizar a situação na frente oriental”, explicou Sirski, numa mensagem publicada no seu canal no Telegram, a propósito da conversa telefónica mantida hoje com Burkhard.

O general ucraniano agradeceu também “ao Governo da República Francesa e ao povo francês pelo seu apoio constante e consistente à Ucrânia”.

Sirski expressou ainda gratidão ao homólogo francês pela formação de soldados ucranianos que receberam instrução em França.

O comandante das forças ucranianas, que assumiu o cargo em fevereiro, reuniu-se hoje em Kiev com o chefe do Comité Militar da NATO, almirante Rob Bauer, informando sobre a evolução da situação na frente e com quem conversou sobre “as principais necessidades”, em concreto a falta de munições.

Mais de dois anos desde a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, as forças de Kiev têm enfrentado falta de armamento e de munições para conter os avanços de Moscovo.

A Rússia reivindicou hoje ter conquistado a aldeia de Tonenke, a oeste de Avdiivka, cidade com 32 mil habitantes antes da guerra e capturada em fevereiro, prosseguindo a sua lenta progressão no leste do país.

Exaustas pela falhada contraofensiva do verão de 2023 e confrontadas com uma escassez de munições devido ao atraso na ajuda ocidental, as forças da Ucrânia começaram a construir linhas defensivas com urgência após a queda de Avdiivka.

A Rússia levou também a cabo o seu primeiro grande ataque com mísseis contra Kiev desde fevereiro, depois de ter prometido vingança pelos recentes bombardeamentos mortíferos ucranianos nas regiões fronteiriças russas.

O Ministério da Defesa russo afirmou que o ataque visou “centros de decisão, bases logísticas e pontos de implantação temporária” das forças ucranianas e que “atingiu todos os seus alvos”.

O Exército russo afirmou ainda estar a “tomar medidas para impedir a infiltração de grupos de sabotagem e reconhecimento” na região de Belgorod, perto da fronteira com a Ucrânia, que tem sido alvo de várias incursões armadas e ataques com ‘drones’ e foguetes desde a semana passada.