“Evidentemente, apoiamos a candidatura de Mark Rutte para a NATO, tendo em conta a sua experiência, a sua grande capacidade de unir e a sua capacidade de agir em prol da nossa segurança coletiva”, declarou Gabriel Attal numa conferência de imprensa conjunta com Mark Rutte, durante uma visita aos Países Baixos.
Vários países — Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha — manifestaram apoio à candidatura de Mark Rutte, mas a Hungria de Viktor Orbán, que mantém relações estreitas com a Rússia apesar da invasão da Ucrânia, opõe-se-lhe.
O nome do chefe do Governo neerlandês demissionário, que está a assegurar a gestão corrente do país, circula há meses com insistência para suceder ao norueguês Jens Stoltenberg, atual secretário da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).
A decisão sobre o ocupante do cargo, reservado a um cidadão europeu, é tomada por unanimidade dos Estados-membros da Aliança Atlântica.
Por sua vez, Mark Rutte considerou hoje na conferência de imprensa ser “fundamental” conseguir “sair do impasse no Congresso [dos Estados Unidos] sobre os 60 mil milhões de dólares (55 mil milhões de euros) para a Ucrânia”.
Essa ajuda está presentemente bloqueada na Câmara dos Representantes, a câmara baixa do parlamento norte-americano, controlada pelo Partido Republicano.
Rutte disse igualmente pensar que os Estados Unidos continuarão empenhados na segurança da Europa, mesmo que o ex-presidente norte-americano Donald Trump regresse à Casa Branca após as eleições de novembro.
“Estou convencido de que, seja [o atual Presidente, Joe] Biden a ganhar ou Trump, os Estados Unidos continuarão envolvidos, em todos os aspetos, na NATO e também na Ucrânia”, declarou.
Primeiro-ministro liberal dos Países Baixos desde 2010, Mark Rutte anunciou a intenção de abandonar a cena política neerlandesa, mas continua em funções aguardando a formação de um novo Governo, a ser negociado desde a vitória da extrema-direita nas eleições de novembro de 2023.
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