O espetáculo “We Love NYC: The Home Concert”, que assinalava a recuperação em relação à pandemia de covid-19 e a reabertura dos concertos naquela cidade, foi interrompido em plena atuação do cantor Barry Manilow, com um alerta pedindo aos espetadores para deixarem o recinto rapidamente.
“Devido ao clima severo que se aproxima, todos os espetadores no evento devem dirigir-se com calma às saídas mais próximas e sair do parque”, apelou a polícia nova-iorquina (NYPD, na sigla em inglês) nas redes sociais.
Estrelas como Paul Simon, Patti Smith e Bruce Springsteen aguardavam a vez para subir ao palco, num concerto que deveria durar várias horas e em que já tinham atuado o tenor Andrea Bocelli e o músico Carlos Santana, entre outros.
A tempestade tropical Henri, elevada no sábado para furacão de categoria 1, numa escala de cinco, com ventos máximos sustentados de 120 quilómetros por hora, deverá chegar hoje ao norte do estado de Nova Iorque, anunciou o Centro Nacional de Furacões norte-americano (NHC).
O fenómeno meteorológico já tinha levado as autoridades a recomendar aos cidadãos que se preparem para o impacto do furacão, sobretudo em Long Island e Cabo Cod, conhecidos destinos turísticos na zona costeira.
“Não queremos ninguém nas ruas no domingo presas no tráfego nas pontes de Cape Cod quando a tempestade estiver na sua força máxima”, alertou o governador do estado de Massachusetts, Charlie Baker, recomendando aos veraneantes da zona costeira entre Nova Iorque e Boston que adiem a ida ou antecipem o regresso.
O Cabo Cod, que está lotado de milhares de turistas para as férias de verão, é uma das principais preocupações das autoridades, que emitiram alertas também para os condados vizinhos de Hartford, Connecticut e Albany, numa zona costeira que pode sofrer inundações repentinas.
O governador do estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo, declarou o estado de emergência e anunciou o destacamento de 500 soldados da Guarda Nacional, antecipando a chegada do furacão.
“Preparem-se para chuvas e ventos fortes e cortes de eletricidade”, alertou o governador, na rede social Twitter.
Desde a ‘supertempestade’ Sandy, em 2012, que Nova Iorque não recebe o impacto direto de um furacão, recordou a agência de notícias Associated Press (AP), que dá conta de que muitas reparações foram feitas desde então, mas que outros projetos destinados a prevenir os estragos dos furacões não foram completados.
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