O Governo da região da Liguria, à qual pertence Génova, atualizou na tarde desta quarta-feira, 15 de agosto, o balanço de vítimas mortais da queda do viaduto: 39 pessoas morreram e 16 estão feridas. Entre as vítimas mortais estão três crianças de 8, 12 e 13 anos.
De acordo com a delegação do Governo em Génova, 37 das vítimas mortais estão já identificadas, enquanto estão a ser realizados exames de ADN a outros dois mortos.
O balanço anterior, comunicado pelo ministro do Interior, Matteo Salvini, esta manhã situava-se nas 38 vítimas mortais. "Estamos com 38 mortos confirmados e vários desaparecidos", declarou Salvini aos jornalistas à margem de uma viagem que realiza à Calábria, no sul de Itália.
As buscas prosseguem e o Governo italiano decretou estado de emergência na região por 12 meses, informou o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte.
A decisão foi anunciada na região de Génova no final de um conselho de ministros, durante o qual foi decidido criar um fundo de cinco milhões de euros para a cidade.
Giuseppe Conte decretou também um dia de luto nacional — mas o primeiro-ministro referiu que o dia está ainda por determinar, já que o objetivo é que coincida com os funerais das vítimas — e confirmou que o governo vai revogar o contrato com a concessionária Autostrade, empresa em que a família Benetton tem uma participação de 30%.
"Este é um primeiro passo do Governo face a esta tragédia", comentou Conte.
Na terça-feira, parte da ponte Morandi, que fica na autoestrada 10 (A10) em Génova, no norte da Itália, desabou e dezenas de automóveis e camiões também acabaram por cair.
O ministro das Infraestruturas, Danilo Toninelli, exigiu a demissão da direção da empresa Autostrade per l’Italia, filial da Atlantia e responsável pela gestão da ponte, enquanto a concessionária assegurou que o viaduto estava sujeito a controlos periódicos, como ditam as normas do país.
O ministro das Infraestruturas, Danilo Toninelli, disse numa mensagem na rede social Facebook que “os diretores da Autostrade per l’Italia devem demitir-se antes de tudo” e avançou desde logo com a possibilidade de o Governo italiano revogar a concessão e impor "uma multa de até 150 milhões de euros”. "Se não são capazes de administrar as nossas autoestradas, o Estado o fará", disse Toninelli.
O ministro das Infraestruturas considerou ainda que "num país civilizado não se pode morrer por uma ponte que desaba" e reiterou que os culpados "desta tragédia injustificável devem ser punidos".
Estão em curso investigações para apurar as causas do desabamento.
(Notícia atualizada às 18h33)
Comentários