A 29 de dezembro, Ghosn apanhou um comboio de grande velocidade, entre Tóquio e Osaka, onde chegou no mesmo dia, informaram o jornal Yomiuri Shimbun e a emissora de televisão japonesa NTV.
O ex-CEO da Renault-Nissan teria viajado junto com várias pessoas, que a polícia japonesa está a tentar identificar com base em imagens das câmaras de segurança, acrescentou o jornal.
Em Osaka, Ghosn teria ido de táxi para um hotel perto de aeroporto internacional de Kansai, segundo a NTV.
O franco-libanês de 65 anos estava em prisão domiciliar em Tóquio. Podia sair de casa e viajar pelo país por no máximo 72 horas, sem precisar de autorização judicial.
Ainda são desconhecidos todos os detalhes da fuga do Japão, mas acredita-se que Ghosn tenha embarcado num jato particular a 29 de dezembro, com destino a Istambul, na Turquia. Chegou lá no dia seguinte e apanhou outro avião rumo a Beirute, no Líbano.
Carlos Ghosn, ex-presidente do conselho de administração e ex-presidente executivo do grupo Nissan e da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, foi detido em Tóquio em 19 de novembro de 2018 por suspeita de abuso de confiança e evasão fiscal.
Detido vários meses no Japão, o empresário foi libertado em março de 2019, após o pagamento de uma caução. No início de abril passado, foi novamente detido e outra vez libertado sob caução. No final desse mesmo mês, Ghosn ficou sob detenção domiciliária, a aguardar julgamento por evasão fiscal, entre outros crimes.
Os advogados e a família de Carlos Ghosn têm criticado fortemente as condições da detenção do empresário, bem como a forma como a justiça nipónica tem gerido os procedimentos deste caso.
Ghosn chegou à Nissan em 1999 como presidente executivo para liderar a recuperação do fabricante, com sede em Yokohama, nos arredores de Tóquio, depois de ter oficializado uma aliança com a francesa Renault.
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