Foi na estreia como líder parlamentar dos centristas que Cecília Meireles atacou o “recorde nacional” do número de ministros e secretários de Estado no novo executivo, durante o debate do programa de governo na Assembleia da República.
“É um recorde nacional da dimensão, é um governo ultra-mega-grande”, disse Cecília Meireles.
Por fim, desafiou o primeiro-ministro, António Costa, a esclarecer se é ou não a favor da regionalização, que poderá vir a criar “mais 400 cargos políticos”, e fez uma proposta, a do alargamento da ADSE, como o CDS-PP já fizera antes e durante a campanha eleitoral para as legislativas de 06 de outubro.
Cecília Meireles desafiou Costa a esclarecer se o governo vai ou não "defender a regionalização", dado que o "programa não esclarece", ao que Costa se insistiu no debate e na ideia de que a criação das regiões "não é uma bravata" e não deve significar "um aumento da despesa".
O primeiro-ministro admitiu que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, é contrário a esta medida, como foi na década de 1990, e é preciso garantir que a "regionalização não é uma bravata e tem condições para avançar".
Para António Costa, é preciso evitar se seja dado “um tropeção como o de há 20 anos”.
Ainda hoje, segundo anunciou Cecília Meireles, o CDS-PP vai apresentar uma proposta no parlamento para o alargamento da ADSE a todos os portugueses, uma medida que consta do programa eleitoral com que os centristas se apresentaram às eleições, e surge no dia em que foi divulgado um relatório sobre o futuro deste subsistema de saúde, que pode entrar em défice já em 2020.
(Notícia atualizada às 12h56)
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