O Ministério da Educação (ME) anunciou hoje que a grande maioria das matrículas dos alunos iria ser feita de forma automática, para reduzir os problemas que têm surgido no Portal das Matrículas, e explicou que além do elevado número de acessos simultâneos a plataforma também tinha sido alvo de ataques informáticos.
Numa nota enviada para a Lusa, a tutela garante que “as matrículas efetuadas no Portal das Matrículas estão salvaguardadas”.
“A natureza dos ataques informáticos prendeu-se com bloqueios no acesso ao sistema, como referido, e não com a tentativa de violação de dados”, acrescenta o gabinete de imprensa do ME.
Este ano, as renovações de matrícula para os 2.º, 3.º, 4.º, 6.º, 8.º, 9.º, 11.º e 12.º anos vão processar-se de forma automática, com exceção das transferências de estabelecimento de ensino, segundo uma decisão do ministério.
O Portal das Matrículas passa agora a ser utilizado apenas pelas famílias cujos filhos vão mudar de ciclo - ou seja entram para o 5.º, 7.º e 10.º anos – ou nas situações em que pretendam mudar de escola.
As dificuldades de acesso ao Portal das Matriculas levou a muitas queixas junto do Ministério da Educação, que decidiu prolongar o prazo das inscrições.
Hoje, a tutela explica que, além do elevado fluxo de acessos – houve dias em que foram “ultrapassadas as 100 mil matrículas” –, o portal foi alvo de ataques informáticos.
“Além do fluxo de acessos, associado a páginas conexas ao Portal das Matrículas que estiveram em baixo, registaram-se ataques informáticos de elevada complexidade, que estão a ser acompanhados pelo Centro Nacional de Cibersegurança, e que provocaram graves bloqueios no sistema”, refere o ME.
Segundo o Ministério, neste momento, já estão “concluídas cerca de 70%” das matrículas e agora com o sistema automático e consequente redução de fluxo ao Portal, o ME acredita que deverá “melhorar a acessibilidade da página, para quem tenha de efetuar a matrícula por essa via”.
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