“É uma diminuição particularmente expressiva entre os jovens. Ou seja, o desemprego registado diminui no total 16,4%, está agora nas 416 mil pessoas, mas o desemprego jovem diminuiu 19,5%, o que é um sinal importante porque, como sabemos, os jovens e os desempregados de longa duração são dois grupos particularmente desfavorecidos”, disse o governante em declarações à agência Lusa.
De acordo com os dados hoje divulgados pelo IEFP, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego baixou 16,4% em julho, face a igual mês de 2016, para 416.275 pessoas, e 0,5% face ao mês anterior.
De acordo com os dados disponíveis na página do instituto, é preciso recuar quase 10 anos, até dezembro de 2008, para encontrar um número mais baixo do que o observado no mês em análise.
As diminuições homólogas do desemprego registado ocorrem há 45 meses consecutivos, ou seja, desde novembro de 2013.
Segundo o IEFP, o desemprego afetava em julho 44.454 jovens, o que representa uma redução homóloga de 19,5% (menos 10,755 mil jovens), tendo permanecido praticamente inalterado em termos mensais (com uma subida de 0,1%, o correspondente a mais 30 jovens).
Já o número de desempregados de longa duração foi de 211,7 mil no mês de julho, diminuindo 13,5% em relação ao mês homólogo (menos 33 mil pessoas) e 0,6% em termos mensais (menos 1,3 mil pessoas).
Para Miguel Cabrita, os dados demonstram também que há um trabalho que o serviço público de emprego está a procurar fazer “de funcionar mais como um agente pro ativo de resposta às necessidades do mercado de trabalho e de inserções mais sustentáveis no mercado de trabalho e menos como uma porta giratória de políticas ativas que sirvam apenas para ocupar as pessoas”.
“O trabalho que temos vindo a fazer é procurar fazer do serviço público de emprego um agente dinâmico, de procurar respostas para as pessoas e de procurar calibrar também as nossas próprias políticas ativas àquelas que são as necessidades das pessoas e das empresas, conseguindo inserções mais sustentáveis no mercado de trabalho”, disse.
Assim, concluiu, os dados hoje divulgados revelam duas realidades: “por um lado o bom desempenho económico e a capacidade de criação de emprego do lado do mercado do emprego (…) e por outro lado, a tentativa de fazer do serviço público de emprego um agente pro ativo de resposta às necessidades estruturais do mercado de trabalho, seja na formação, seja na inserção dos jovens, seja nos empregados de longa duração”.
Para o governante, as políticas ativas não podem ser um fim em si mesmas, “têm que ser um instrumento de apoio à inserção no mercado de trabalho”.
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