De acordo com o balanço feito pela CP - Comboios de Portugal à Lusa, entre as 00:00 e as 18:00 estavam programados 982 comboios e foram efetuados 275, dos quais 14 de longo curso, 63 regionais, 138 urbanos de Lisboa e 60 urbanos do Porto.

Este é o segundo dia de greve convocada pela Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário (Aprofer).

O primeiro dia de greve destes trabalhadores da IP realizou-se na terça-feira, tendo levado a CP a suprimir 903 das 1.274 ligações programadas entre as 00:00 e as 22:00.

A CP já tinha informado que previa “fortes perturbações na circulação de comboios, a nível nacional, em todos os serviços” durante os dois dias da greve.

Aviso idêntico tinha igualmente sido feito pela Fertagus.

A IP - Infraestruturas de Portugal, empresa gestora da rede ferroviária, informou na sua página da internet que durante a greve garantiria "a abertura de 30% do seu canal ferroviário para o serviço Urbanos – Lisboa e Porto, e 25% para as restantes circulações, nos termos dos serviços mínimos acordados" com a Aprofer.

A greve abrange os cerca de 300 trabalhadores do Comando e Controlo Ferroviário da IP, que regulam a pontualidade e a segurança de 100% das circulações ferroviárias e que estão concentrados nas estações de Braço de Prata, Contumil e Setúbal, ou seja, nos centros de comando operacionais (CCO) de Lisboa, do Porto e de Setúbal.

Segundo o presidente da Aprofer, Adriano Filipe, na base do conflito laboral está a reivindicação de um sistema de formação profissional próprio para os centros de comando operacionais, de um sistema de avaliação e desempenho específico para estas funções e de uma atualização nas remunerações.