Num dia “simbólico porque faz hoje um mês que aconteceu a fuga [de cinco reclusos] o corpo da guarda Prisional vai-se juntar aqui para mostrar que estamos unidos e que somos um grupo só”, afirmou o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), Frederico Morais.
O presidente do SNCGP admitiu que, desde a fuga “houve lutas conquistadas”, entre as quais o acordo relativo ao sistema de avaliação e desempenho e a abertura do concurso de guardas previsto para esta semana e, a nível de segurança dos serviços prisionais, o facto de “ter sido dada ordem para haver sempre um guarda nos pátios e uma atualização do plano de emergência em caso de fuga, porque era lamentável que até à semana passada ainda tivéssemos lá inscrito o número do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)”, serviço já extinto.
Relativamente a Vale de Judeus Frederico Morais afirmou que “o ambiente é pesado” depois de os guardas prisionais terem ficado sob “o holofote” nacional e internacional, mas desvalorizou a culpa dos guardas prisionais [na fuga], que são “executantes” que “cumprem escalas” e que já haviam denunciado a existência de “uma falha do sistema, desde 2021, pelo menos”.
“Toda a gente é culpada, não venham é empurrar para cima do guarda prisional, que é o elo mais fraco”, afirmou, garantindo que tal não acontecerá enquanto estiver à frente do sindicato.
Daí a manifestação de solidariedade para responder à “tentativa de ataque, tentativa de denegrir a imagem” dos guardas prisionais, quando se registam “problemas de segurança a nível nacional” para os quais os guardas dizem ter alertado, mas, lamentou, “nunca ninguém fez nada”.
“É lamentável, tivemos que chegar a uma fuga de cinco reclusos para olharem para nós”, disse Frederico Morais, no dia em que foi anunciada a detenção de Fábio Loureiro, um dos evadidos há um mês do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus.
O presidente do Sindicato elogiou o trabalho da Polícia Judiciária que considerou “uma força excelente desde o primeiro dia” e felicitou a polícia espanhola e de Marrocos.
No encontro solidário para com os guardas de Vale de Judeus são hoje esperados entre 200 a 300 guardas, já que “65% dos guardas estão a trabalhar” e às 12:00 era ainda aguardada da chegada de um autocarro da região norte.
A concentração decorre de forma pacífica.
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