De acordo com os dados oficiais da PSP, citados pelo Diário de Notícias (DN) esta terça-feira, foram participados pouco mais de 28 mil crimes, sendo mais de 95% referentes a delitos cometidos no concelho de Lisboa. No entanto, a criminalidade na capital também reduziu.

Em Lisboa, os números registaram a segunda maior descida em 10 anos para uma redução de 12,6% da criminalidade geral e de 10,4% da criminalidade grave e violenta.

Também os restantes concelhos do distrito notaram uma redução de 8,9% dos crimes participados, incluindo menos 1,4% dos violentos. As autoridades justificam ao DN que “terá contribuído para a descida da criminalidade geral uma descida significativa de participações dos crimes de condução sob efeito do álcool, no primeiro semestre do ano, provavelmente devido a uma menor proatividade policial; na criminalidade violenta, devido a um apertar de malha a partir do segundo semestre, com mais operações e maior visibilidade policial houve menos roubos na via pública e menos ofensas à integridade física com armas brancas“.

Os resultados contrariam Carlos Moedas, que, em entrevista ao DN, afirmou que "há uma preocupação genuína, porque hoje há crimes mais violentos na cidade e as pessoas estão preocupadas". As declarações do presidente da Câmara Municipal de Lisboa surgiram em resposta às imagens das pessoas encostadas à parede a serem revistadas na Rua do Benformoso, no Martim Moniz.

No entanto, o autarca assegurou que não estava “só a falar” dessa zona, “mas da cidade em geral, daquilo que" lhe era “reportado”, pedindo mais meios para a Polícia Municipal.

Em novembro do ano anterior, também o comandante do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, Luía Elias, referia que “ao comparar os primeiros 10 meses de 2023 e de 2024, a criminalidade geral na área do comando metropolitano de Lisboa diminuiu 9,4%, quanto à criminalidade violenta e grave decresceu também ligeiramente cerca de 0,2%, o que representa uma estagnação”.