A artista plástica Helena Almeida, de 84 anos, morreu esta terça-feira, em Lisboa, disse à agência Lusa fonte da galeria que a representa, Galeria Filomena Soares.
Nascida em Lisboa, em 1934, Helena Almeida criou, a partir dos anos 1960, uma obra multifacetada, sobretudo na área da fotografia, tornando-se uma figura destacada no panorama artístico português contemporâneo.
Para o ministro da Cultura, que emitiu um comunicado enviando condolências à família, Helena Almeida "emprestou uma densidade que transgredia as fronteiras rígidas desse espaço altamente simbólico".
"A singularidade do seu olhar sobre a criação e o processo artístico sustenta-se ainda num comprometimento direto com o seu próprio corpo, exposto na dupla condição biográfica e ficcional. De certo modo, na sua relação com o corpo, Helena Almeida fixava também um olhar sobre a mulher através da história da arte, e em particular na história da arte portuguesa, procurando inscrever uma memória que antecedia e prolongava o que nela escolhia fixar", sublinha a tutela.
As fotografias de Helena Almeida, com formação em pintura, foram sempre registadas pelo marido, o arquiteto e escultor Artur Rosa, também nascido em Lisboa, em 1926.
Helena Almeida nasceu em Lisboa, em 1934, cidade onde vivia e trabalhava, e estudou Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, começando a expor individualmente em 1967, na Galeria Buchholz.
A artista representou Portugal na Bienal de Veneza por duas ocasiões: em 1982 e em 2005, e em 2004, participou na Bienal de Sidney.
Nos últimos anos, a sua obra tem sido exibida no âmbito de exposições individuais e coletivas em museus e galerias nacionais e internacionais.
Em 2015, apresentou uma exposição individual itinerante Corpus na Fundação de Serralves (2015), em Paris (2016), em Bruxelas (2016) e Valência (2017).
Em 2017, apresentou igualmente uma exposição individual “Work is never finished” no Art Institute, em Chicago.
A sua obra está presente em coleções portuguesas e internacionais como: Coleção Berardo, Lisboa; Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Fundação Serralves, Porto; Centro de Artes Visuales, Fundación Helga de Alvear, Cáceres; Fundación ARCO, Madrid; Hara Museum of Contemporary Art, Tóquio; MEIAC - Museo Extremeno e Iberoamericano de Arte Contemporáneo, Badajoz; Museu de Arte Contemporânea de Barcelona; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid; MUDAM - Musée d’Art Moderne Grand-Duc Jean, Luxemburgo; Tate Modern, Londres.
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