O homem, de 61 anos, vive há algum tempo em França e também foi condenado a tratamento obrigatório, proibição de porte de armas e proibição de comparecer no consulado e no distrito de Paris onde a missão diplomática se encontra.

O homem explicou no tribunal que não queria ameaçar ninguém, apenas "vingar-se" das autoridades iranianas, que caracterizou como terroristas.

"Na véspera do ocorrido, fui informado de que o meu primo tinha sido enforcado no Irão e que a minha irmã tinha sido presa", disse Nicolas K., que vive no subúrbio de Paris e costuma participar na capital francesa de manifestações de opositores do governo iraniano.

O homem foi acusado de "ameaças de morte" e "violência premeditada", por ter entrado na seção consular da embaixada do Irão com explosivos falsos. Testemunhas disseram no tribunal que Nicolas K. repetia: "Quero morrer, estou farto."

A intervenção de negociadores da polícia permitiu a prisão de Nicolas. A sua advogada, Louise Hennon pediu a sua absolvição e argumentou que uma condenação representaria "uma interferência desproporcional na liberdade de expressão" do seu cliente.

O representante da procuradoria, no entanto, pedia um ano de prisão, por considerar que os factos não representavam "um ato de resistência política", e sim "violações do direito comum".