O utente morreu no dia 31 de janeiro na sala de espera das urgências do Hospital de Beja, avançou o Correio da Manhã. O homem, de 60 anos, esteve à espera de tratamento sentado numa cadeira de rodas entre as 17:30 e as 21:00, tendo falecido junto do irmão e da cunhada.
O homem morreu sem ser atendido, apesar de ter recebido pulseira amarela, usada para casos urgentes, e dos familiares terem alertado para o caráter crítico da situação junto dos enfermeiros de serviço, informando-os, inclusive, de que o utente sofria de Diabetes e de Hepatite C
Como resultado do caso, os familiares do homem apresentaram uma reclamação por escrito à administração do hospital. O Correio da Manhã avança que o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo informou que "foi instaurado um processo de inquérito", a 5 de fevereiro.
José Aníbal Soares, o diretor clínico do hospital de Beja, afirmou à RTP que esta unidade de saúde sofre da carência de profissionais, mas que a morte deste utente não se deu por falta de médicos, mesmo apesar de janeiro ter sido um mês crítico.
Em causa, adianta o diretor clínico, está o facto de nem todos os pacientes com pulseira amarela demorarem o mesmo tempo a serem atendidos.
Este caso ocorre uma semana depois de se saber que um um homem de 65 anos morreu no Hospital de Lamego, depois de ter esperado seis horas para ser atendido.
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