A questão dos apoios à igualdade de género foi levantada pelo líder do Chega, André Ventura, na 6.ª Convenção Nacional do partido, que decorre até domingo em Viana do Castelo.
Ventura insurgiu-se contra os subsídios do estado às associações que promovem "ideologias de género e a igualdade de género", afirmando estar em causa cerca de 400 milhões.
"Eu garanto-vos uma coisa, aquele dinheiro todo que damos para as ideologias de género e para promover a igualdade de género […], vou pegar nesses milhões todos e vou dizer às associações: 'esqueçam, não vão receber um tostão'", declarou, admitindo que as suas afirmações podem ser consideradas polémicas.
No orçamento em vigor, o Governo identifica "564 medidas" que "de forma direta e indireta contribuem para a concretização dos objetivos da promoção da igualdade de género" a que corresponde uma dotação de "426,27 milhões de euros".
Estas medidas foram identificadas após um questionário enviado a "150 entidades". No entanto, "para 39% das medidas identificadas pelas entidades, que correspondem a 81% da dotação orçamental", "a igualdade é um objetivo importante, mas não é a razão principal", refere o executivo na proposta.
As medidas em causa destinam-se à concretização de "quatro desafios estratégicos", como "combater as alterações climáticas; responder ao desafio demográfico; construir a sociedade digital e reduzir as desigualdades".
O ponto destinado a "reduzir as desigualdades" assenta em "apenas 9,2% da dotação orçamental global", ou seja, em menos de 40 dos mais de 400 milhões indicados pelo líder do Chega.
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