“Cinquenta e nove habitações permanentes, parcial ou totalmente destruídas pelo incêndio de há dois anos, encontram-se concluídas e entregues às famílias”, afirma, em comunicado, a Câmara de Arganil, presidida por Luís Paulo Costa.

Nas restantes dez casas reabilitadas com apoio público, “as famílias contrataram diretamente as empresas de construção, sendo ressarcidas pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) à medida que os documentos de despesa são apresentados”, refere.

Ao todo, neste município do distrito de Coimbra, foram aprovados 69 pedidos de ajuda à recuperação de casas, ao abrigo do Programa de Apoio à Reconstrução de Habitações Permanentes.

Na semana passada, “a poucos dias de se cumprirem dois anos desde o grande incêndio de 15 de outubro de 2017, que deixou sem lar largas dezenas de famílias” em Arganil, a Câmara e a CCDRC “procederam à entrega da última” de 59 casas cujos concursos de empreitada foram lançados diretamente pelo Estado.

“A entrega da chave do renovado lar ao casal Nikolas e Elizabeth e às suas três filhas, que trocaram a Alemanha por Portugal para viver, decorreu na passada sexta-feira, no lugar da Lomba do Poisio, na freguesia de Benfeita”, adianta a autarquia, que participou na cerimónia através do vereador Luís Almeida, enquanto a CCDRC esteve representada pelo vice-presidente António Veiga Simão.

Este ato simbólico “encerra um amplo processo que, apesar de naturalmente complexo e demorado, decorreu com assinalável normalidade e celeridade nos últimos 24 meses”, realça Luís Paulo Costa, citado na nota.

“Muitos foram os recursos humanos e financeiros colocados ao serviço da recuperação do território, permitindo levar a bom porto todo este processo, desenvolvido em estreita colaboração com a CCDRC”, acrescenta o autarca.

Há dois anos, os incêndios que eclodiram em Pedrógão Grande e na Lousã, distritos de Leiria e Coimbra, nos dias 17 de junho e 15 de outubro, respetivamente, originaram 116 mortos.