"Dos 30 concelhos com casas ardidas [região Centro], estão incluídas no programa de apoio 801 habitações que envolvem um valor de 60 milhões de euros. Neste momento, estão concluídas 470 habitações, o que significa que há aqui um número significativo de habitações que estão em obra, mas em diferentes fases", explicou Ana Abrunhosa.
O presidente da CCDRC deslocou-se a Oleiros, no distrito de Castelo Branco, onde procedeu à entrega das primeiras quatro casas de um total de 15 que foram afetadas pelos incêndios de outubro de 2017.
"Temos entregue casas todas as semanas. O nosso grande objetivo é que 90% das casas estejam prontas na Páscoa. Estamos a trabalhar para esse objetivo e gostaríamos muito que a última casa estivesse pronta no final de junho", afirmou.
Ana Abrunhosa realçou que dos 60 milhões de euros do programa de apoio para a região Centro, já foram pagos às empresas e às famílias 31,2 milhões de euros.
Adiantou ainda que no concelho de Oleiros, o pacote das 15 habitações incluídas no programa de apoio vai estar terminado em março.
"Só foi possível porque da parte da câmara municipal e das juntas de freguesia tivemos um trabalho extraordinário. Conseguimos que todos os empreiteiros da região, aqueles que quiseram, se juntassem ao processo. Isto levou a que não houvesse ruído e apesar de um [empreiteiro] ter assumido a liderança, em termos financeiros, todos trabalharam em pé de igualdade", frisou.
A responsável sublinhou que a CCDRC tentou fazer o mesmo em outros concelhos, mas não foi possível.
"Tentámos fazer isto em outros concelhos, mas não foi possível porque achavam que os 650 euros por metro quadrado era baixo. Alguns assumiam a liderança, mas queriam pagar preços muito baixos aos outros empreiteiros. Oleiros deu o exemplo e, graças a esse trabalho, e apesar de ter sido o último concelho a assinar o contrato de empreitada, vai ser o primeiro a concluir todas as casas", concluiu.
Já o presidente da Câmara de Oleiros, Fernando Marques Jorge, realçou o trabalho realizado pela CCDRC, "que fez muito em pouco tempo".
O autarca realçou ainda as dificuldades encontradas durante todo o processo, sobretudo, quando se depararam com situações em que era preciso regularizar, como habitações que não estavam no nome dos proprietários.
"É preferível demorar mais algum tempo e as casas serem bem feitas (...). Até final do primeiro trimestre, vamos ter as casas todas prontas. Hoje é o início de um novo tempo", disse.
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