Um ano depois do fogo, a presidente do Município da Marinha Grande, Cidália Ferreira, afirmou à agência Lusa que assim tomou posse assumiu o compromisso de fazer a plantação de pinheiros em igual número ao de habitantes do concelho: "Aproximadamente 40.000 árvores".
"Essa ação de reflorestação aconteceu em março, a que se juntaram outras tantas árvores oferecidas pela cidade de Fontenay-Sous-Bois, com quem é geminada a Marinha Grande. Além disso, a Câmara Municipal acompanhou e colaborou com diversas entidades e empresas, do setor público e privado, que quiseram associar-se, no âmbito da sua responsabilidade social, a esse gesto de reflorestação do Pinhal do Rei", adiantou.
No entanto, admitiu que a "área já replantada é insignificante face à dimensão da área ardida", pelo que considerou que "há ainda um longo caminho a percorrer".
Recordando que durante o verão não se podem fazer plantações, a autarquia afirma que já foi contactada por algumas entidades para novamente prestar colaboração quando for possível retomar as plantações, interrompidas durante a época do tempo seco.
"A responsabilidade primeira da reflorestação do Pinhal do Rei é do ICNF, enquanto entidade pública que faz a gestão desta Mata Nacional. Apesar de mantermos uma relação institucional saudável, e acompanharmos algum do seu trabalho, a verdade é que não temos conhecimento de todo o trabalho realizado", sublinhou.
O Município da Marinha Grande compreende "alguma insatisfação generalizada por parte da população e de alguns grupos mais ativistas", por não ser visível a reflorestação, mas constatou que as "pressas dão em devagar, por vezes, e, no caso, podem dar em erros que se podem vir a pagar caro no futuro".
"Confiamos que o trabalho que o ICNF está a fazer acautela o futuro do Pinhal do Rei, corrigindo erros do passado e implementando novas estratégias de defesa deste Património Natural e Ambiental essencial ao equilíbrio e ao desenvolvimento do território", frisou.
Parte dos danos causados em equipamentos e infraestruturas municipais já foram recuperados, mas ainda decorrem "projetos e procedimentos" para concluir a reposição das estruturas afetadas.
"Em prejuízos diretos estimamos um valor aproximado de 700.000 euros. Mas há que somar a estes os prejuízos indiretos, nomeadamente aqueles que são causados pelo uso intensivo das nossas estradas para o transporte da madeira e deslocação de maquinaria pesada para as ações de limpeza e reflorestação", revelou.
Segundo a responsável, "este é um prejuízo que tem também de ser forçosamente considerado", por se tratar de "danos em pavimentos, calçadas e até mesmo em infraestruturas enterradas (redes de águas e saneamento)".
Os incêndios que deflagraram em outubro de 2017 revelaram a falta de licenciamento em várias habitações e anexos da freguesia de Vieira de Leiria, pelo que, perante "constrangimentos legais inultrapassáveis, a Câmara afirmou estar impedida de poder atribuir subsídios para a sua reconstrução.
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