O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) anunciou na quinta-feira que dois dos quatro helicópteros que utiliza no socorro vão deixar de operar à noite a partir do dia 1 de janeiro.
Os helicópteros em questão são os que operam a partir de Viseu e Évora, tendo o presidente do instituto afirmado que a situação se deve manter no máximo durante seis meses. Os outros dois helicópteros, baseados em Macedo de Cavaleiros e Loulé, manterão o seu funcionamento 24 horas por dia, segundo o comunicado do INEM.
Comentando esta decisão aos jornalistas, à margem da cerimónia dos cem anos do IPO de Lisboa, o ministro da Saúde afirmou que o INEM promoveu as medidas para garantir que, com os outros dois helicópteros, se faz o serviço noturno de acordo com a casuística que é necessária.
Manuel Pizarro disse esperar que o concurso que está a ser desenvolvido permita chegar rapidamente “a um resultado que recupere a capacidade operacional plena dos quatro helicópteros de emergência”.
“O nosso sistema de emergência pré-hospitalar é felizmente um sistema como deve ser, com redundância, isto é com capacidade de resposta em situações de pressão aumentada, o que vai acontecer é que nos próximos meses” serão reduzidos para dois os helicópteros que estão em funcionamento no território continental no período noturno.
O governante adiantou que, pela experiência adquirida, se sabe que a ativação noturna dos helicópteros ocorre muito menos vezes da ativação durante o dia.
“Estamos convencidos de que esses dois helicópteros que se mantêm durante a noite serão suficientes para dar resposta às necessidades que existem”, afirmou.
No entanto, reconheceu que o objetivo “é que o sistema funcione com redundâncias”, e que desse ponto de vista nos próximos meses haverá menos capacidade de prevenir algumas falhas. Ainda assim, manifestou a convicção de que estes meses serão superados “sem alarmes”.
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