Cotrim Figueiredo falava no jardim de Santos, em Lisboa, no segundo arraial da Iniciativa Liberal, que disse que passará a ser "uma tradição".
O deputado e presidente da Iniciativa Liberal afirmou que Portugal está a bater recordes de carga fiscal, de despesa pública e de número de funcionários públicos, mas tem "os piores serviços públicos de que há memória".
João Cotrim Figueiredo acusou o Governo chefiado por António Costa de "fracasso na gestão do Serviço Nacional de Saúde [SNS]", que considerou estar em situação de "total degradação", acrescentando: "Não sabem como resolver o problema".
Como exemplo, apontou a morte de um bebé no hospital das Caldas da Rainha, e declarou que aconteceu "porque a urgência de obstetrícia estava encerrada".
Segundo o deputado, o fim de parcerias público-privadas (PPP) na saúde "por cegueira ideológica" conduziu a pior qualidade dos serviços e o Governo deve recorrer aos privados para reduzir as listas de espera e aumentar o número de médicos de família.
Cotrim Figueiredo criticou também o estado da educação, referindo que "mais de cem mil alunos não vão ter o seu quadro de professores completo" no próximo ano letivo, a situação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que alegou servir para "favorecer os amigos" do PS.
Em todos os setores, sustentou que há "um problema de incompetência" e que "o PS não faz ideia de como gerir os serviços".
"O socialismo não funciona e certamente não faz falta a Portugal. Ao contrário, o liberalismo funciona e faz falta a Portugal", concluiu.
A intervenção de Cotrim Figueiredo estava marcada para as 18:30, mas acabou por acontecer mais de duas horas depois, no intervalo do jogo da seleção portuguesa de futebol, que foi transmitido num ecrã no palco do arraial da Iniciativa Liberal.
Antes de criticar a atuação do Governo, o presidente da Iniciativa Liberal pediu desculpa por "falar de coisas tristes", mas observou: "Não só não há almoços grátis, também não há sardinhas no pão grátis. Vão ter de gramar com o sermão".
Comentários