Vários órgãos de comunicação deram conta esta segunda-feira de um entendimento do Hamas com os EUA com vista a um acordo para o cessar-fogo em Gaza, mas já esta tarde Israel rejeitou tal possibilidade.

"A proposta recebida por Israel não pode ser aceite por nenhum governo responsável", disse um membro do governo, salientando que "o Hamas está a impor condições impossíveis que significam um fracasso total no cumprimento dos objectivos da guerra e uma incapacidade de libertar os reféns".

Segundo o Times de Israel, a principal organização que representa as famílias dos reféns também rejeitou o acordo relatado, dizendo que não incluiria o regresso de todos os prisioneiros e o fim definitivo da guerra.

O jornal libanês Al-Mayadeen revelou também que Israel concordou inicialmente com uma proposta que pedia um cessar-fogo de cerca de 70 dias, durante o qual 10 reféns vivos seriam libertados em duas fases, modificando o acordo desenhado pelos EUA, que estabelecia um cessar-fogo mais curto para a libertação de cerca de 10 reféns vivos.

Mas as autoridades israelitas descrevem a proposta como algo que "não indica um desejo real de diminuir as diferenças entre as partes" e disse que estava "muito longe" daquela proposta originalmente descrita pelo enviado de Trump para o Médio Oriente, Steve Witkoff.