“Nem as forças da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) nem a Marinha russa manifestaram comportamento ou vontade de uma escalada”, refere a Defesa italiana, em comunicado.
O Estado-Maior da Defesa italiano divulgou a nota de imprensa após a comunicação social ter noticiado a passagem pela Sicília, no sul de Itália, de uma frota de seis navios de guerra russos.
A Aliança Atlântica e a Rússia têm procurado uma via diplomática face ao aumento da presença militar russa na fronteira com a Ucrânia, que os ocidentais temem ser a preparação de uma invasão daquele país, mas que Moscovo nega.
“O contingente está a realizar uma passagem por águas internacionais e não viola a soberania dos países costeiros”, reforçaram ainda os italianos.
A frota partiu em meados de janeiro do porto russo de Severomorsk, no mar de Barents, e está agora no Mediterrâneo depois de ter atravessado o Estreito de Gibraltar (sudeste de Espanha continental).
“A NATO está a acompanhar a navegação do grupo naval desde a sua partida (…) e vai continuar a controlar a sua viagem”, acrescenta a nota de imprensa.
A Rússia é acusada pelo ocidente de ter concentrado mais de 100.000 soldados na fronteira com a Ucrânia, com vista a uma ofensiva militar contra aquele país.
A Rússia nega a intenção de invadir o país vizinho, mas pede garantias escritas sobre a sua segurança, incluindo a recusa de adesão da Ucrânia à NATO e o fim do reforço militar da Aliança Atlântica ao leste da Europa.
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