Foram 13 as escrituras de compra e venda de imóveis realizadas com moedas digitais até ao momento, em Portugal, e a tendência é de subida, escreve o Jornal de Notícias nesta quarta-feira.
O primeiro negócio realizado foi em maio de 2022. "Foi um T3 comprado por três bitcoins (cerca de 110 mil euros, na altura), em Braga. O negócio foi feito pela Zome e a escritura testemunhada pelo próprio bastonário da Ordem dos Notários, Jorge Silva", lê-se no artigo.
O interesse é assim crescente e é explicado pela instabilidade da banca, ainda que muitos ainda estejam à espera para avançar com os negócios. "Com o valor da bitcoin (moeda digital mais comum) a subir - hoje um bitcoin vale quase 28 mil euros -, há quem prefira amealhar para investir noutra altura. Ana Fernandes, da mediadora imobiliária Zome, diz que essa é a razão pela qual este ano "muitos negócios, alguns de grande dimensão, ainda não foram fechados".
Quanto às dúvidas sobre este tipo de negócios, o bastonário Jorge Batista diz que as mesmas ficaram clarificadas no último Orçamento de Estado.
"Clarificou-se que o pagamento se processaria como numa compra e venda normal, pelo preço estipulado pelas partes, o correspondente imposto sobre transmissões onerosas de imóveis (IMT) e o imposto do selo". Depois, há outra solução, que passa pela conversão da criptomoeda em moeda corrente para que o vendedor já possa receber a quantia em euros, por exemplo.
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