Vestidos com uniformes da polícia, os ‘jihadistas’ entraram na segunda-feira em zonas da cidade velha e, fingindo ser forças federais, começaram a ver a reação dos habitantes e depois executaram alguns, declararam o comando conjunto das operações e um responsável local.
“O grupo terrorista Daesh (acrónimo árabe de Estado Islâmico) cometeu ontem de manhã um crime horrível num setor da cidade velha de Mossul”, indica um comunicado do comando conjunto das operações que coordena a luta contra o EI no Iraque.
Os ‘jihadistas’ “dispararam sobre mulheres e crianças que os recebiam com alegria”, adianta o comunicado, que não indica o número de vítimas.
Hossameddine al-Abbar, membro do conselho da província de Ninive, da qual Mossul é a capital, disse à agência France Presse que pelo menos 15 civis tinham sido mortos.
“Os membros do Daesh, alguns com uniformes da polícia federal, entraram no setor de Al-Maidan, na cidade velha. Iam em veículos negros e comportavam-se como libertadores. As pessoas receberam-nos com alegria, mas eles detiveram alguns e executaram pelo menos 15 pessoas”, referiu Abbar.
As forças iraquianas, apoiadas pela coligação internacional conduzida pelos Estados Unidos, lançaram a 17 de outubro uma vasta ofensiva para recuperar ao Estado Islâmico a cidade de Mossul, no norte do Iraque e da qual os ‘jihadistas’ se tinham apoderado em junho de 2014.
No final de janeiro conseguiram expulsar o grupo extremista da parte leste da cidade, que o rio Tigre divide.
Desde 19 de fevereiro, o combate é feito pela zonal ocidental de Mossul e, embora as forças iraquianas já tenham feito progressos significativos, o avanço na cidade velha é mais difícil devido ao labirinto de ruas estreitas, onde se encontram numerosos civis e estão entrincheirados os ‘jihadistas’.
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