
“Se Deus quiser, seja num governo alternativo, ou seja como segunda força política na Madeira, nós não vamos deixar o PSD fazer aquilo que fez até hoje. Vamos intensificar a responsabilidade de fiscalizar o que o PSD vai fazer”, afirmou Élvio Sousa, cabeça de lista do partido às eleições antecipadas.
O secretário-geral do JPP e cabeça de lista às regionais falava numa unidade hoteleira do concelho de Santa Cruz, perante algumas dezenas de militantes e simpatizantes, depois de terem sido conhecidos os resultados oficiais provisórios das eleições legislativas da Madeira.
Élvio Sousa felicitou todos os partidos que concorreram às eleições e enalteceu o facto de o seu partido ter vencido o município de Santa Cruz e ficado em segundo lugar em seis municípios, recebendo aplausos e gritos de apoio dos presentes na sala.
Segundo os resultados provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o JPP passou a ser o principal partido da oposição com 11 deputados, de um total dos 47 que compõem o hemiciclo.
O PSD venceu sem maioria absoluta, elegendo 23 dos 24 necessários, e o PS passou a ser a terceira força política, com oito eleitos.
O Chega elegeu três deputados, o CDS-PP um e a IL um.
O JPP admitiu o cenário de um governo alternativo, mas remeteu mais esclarecimentos para segunda-feira, depois de ouvir a comissão política do partido e os militantes.
Para isso acontecer, é necessário JPP, PS, Chega, IL e CDS-PP fazerem um acordo, somando 24 deputados, contra os 23 do PSD.
Estas foram as terceiras legislativas realizadas na Madeira em cerca de um ano e meio, tendo concorrido num círculo único 14 listas: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As últimas regionais realizaram-se em 26 de maio de 2024, tendo o PSD conseguido eleger 19 deputados, o PS 11, o JPP nove, o Chega quatro (mas, uma deputada tornou-se, entretanto, independente) e o CDS-PP dois. PAN e IL garantiram um assento cada.
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