O ataque perpetrado contra os escritórios do jornal satírico francês Charlie Hebdo fez 10 mortos e deu início a uma onda de atentados ‘jihadistas’ em França nesse ano.
O julgamento decorrerá num tribunal especial, onde deverão comparecer 14 suspeitos acusados de vários graus de apoio logístico aos irmãos Kouachi e Amedy Coulibaly, autores dos ataques ao Charlie Hebdo, a uma polícia municipal em Montrouge e ao supermercado parisiense Hyper Hide, matando 17 pessoas no total.
Na segunda-feira, os juízes franceses responsáveis pela investigação dos atentados do final desse ano, que em novembro de 2015 mataram 130 pessoas nas cidades de Paris e Saint-Denis, terminaram a investigação, abrindo um período de um mês para observações das partes e para requisições do Ministério Público francês antes de uma decisão final sobre a realização de julgamento.
Um total de 14 pessoas, incluindo 11 em prisão preventiva, estiveram em investigação, sendo que o julgamento não deverá começar antes de 2020.
Só um dos ‘jihadistas’ que realizaram os ataques está vivo, Salah Abdeslam, estando atualmente preso em França, depois de ter estado três anos e meio detido na Bélgica.
Cinco outros suspeitos, que poderão ter morrido na Síria ou no Iraque, são alvo de mandados de prisão.
Em 13 de novembro de 2015, nove homens atacaram a capital francesa e Saint-Denis (região de Paris) nos arredores do Stade de France, esplanadas de restaurantes e na sala de concertos Bataclan em Paris, matando 130 pessoas e ferindo mais de 350.
Na altura, a França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.
As investigações descobriram uma célula ‘jihadista’ muito maior por detrás desses ataques, reivindicada pela organização Estado Islâmico (EI), com ramificações em toda a Europa, principalmente na Bélgica.
Em 22 de março de 2016, a mesma organização também atacou o aeroporto e metropolitano de Bruxelas, matando 32 pessoas.
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