Na passada quarta-feira, Kamala Harris apresentou o seu programa económico, a principal preocupação de muitos eleitores americanos, e acusou o seu rival Donald Trump de ser "amigo dos multimilionários".
Em Pittsburgh, capital histórica da Pensilvânia, a atual vice-presidente dos Estados Unidos da América (EUA) e candidata democrata defendeu os seus planos para uma maior economia mundial e para aumentar o poder de compra.
“Para Donald Trump, a economia deve estar ao serviço dos grandes proprietários, não de quem os constrói, nem de quem instala eletricidade, nem de quem limpa o chão”, criticou Kamala, que se apresenta como uma pessoa de classe média que "compreende a dificuldade de chegar ao final do mês".
Harris acusou ainda Trump de ter feito os EUA perderem 200 mil empregos industriais durante o seu mandato.
A candidata afirmou que o custo de vida continua muito alto e reiterou uma série de promessas concretas. Entre elas, um "crédito fiscal para famílias jovens", destinado a pessoas que criam pequenas empresas, apoios na compra de casas ou controlo dos preços dos medicamentos.
O plano é financiar tais iniciativas através do aumento dos impostos das grandes empresas e multimilionários.
Já durante a sua primeira entrevista como candidata presidencial, Kamala acusou o rival de "não ser sério" com o seu plano de importação de altos impostos sobre bens importados, em caso de vitória.
Harris, que pretende viajar na sexta-feira para uma cidade na fronteira com o México, prometeu que, se vencer, reviverá um projeto-lei de imigração de Joe Biden, que destinava mais recursos à polícia da fronteira e restringia o acesso ao direito de asilo.
“Kamala Harris tem razão numa coisa: é hora de virar a página. Ela teve três anos e meio para demonstrar o que pode fazer e falhou”, respondeu Karoline Leavitt, porta-voz da campanha de Trump.
Na terça-feira, o republicano revelou uma estratégia económica agressiva, na qual promete “roubar empregos de outros países” se for reeleito, com cortes de impostos e tarifas “muito altas”.
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