A juíza Ketanji Brown Jackson foi hoje confirmada pelo Senado como magistrada do Supremo Tribunal de Justiça dos Estados Unidos da América (EUA), a primeira mulher negra a ocupar um cargo na mais alta instância judicial do país.
Ketanji Brown Jackson foi confirmada numa votação histórica com 53 votos a favor e 47 contra no Senado norte-americano, um resultado que foi aplaudido de pé por grande parte dos membros da câmara alta do Congresso norte-americano.
Antes da votação final de confirmação de Ketanji Brown Jackson, o líder da maioria no Senado, o democrata Chuck Schumer, elogiou a natureza histórica da votação e o impacto que terá no país.
"Este é um dia maravilhoso, um dia alegre e um dia inspirador, para o Senado, para o Supremo Tribunal e para os Estados Unidos da América. Hoje estamos aqui para votar para confirmar a juíza Ketanji Brown Jackson como a 116.ª juíza do Supremo Tribunal dos Estados Unidos", disse Schumer antes da contagem dos votos.
Vários especialistas jurídicos têm elogiado a carreira da juíza, com um grupo de advogados de alto escalão a dizer que a magistrada tem uma reputação "excelente", competência "excecional" e que está bem qualificada para se sentar no Supremo dos EUA.
Jackson foi nomeada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, que prometeu durante a campanha eleitoral de 2020 que se ganhasse nomearia uma mulher afro-americana para o Supremo, que nunca teve nenhuma nos seus 232 anos de história.
Apesar da confirmação, Ketanji Brown Jackson só tomará posse quando o juiz Stephen Breyer se aposentar, o que deverá acontecer entre junho e julho deste ano.
O Supremo Tribunal, a mais alta instância judicial norte-americana e o terceiro ramo do poder nos Estados Unidos, é chamado a decidir sobre dossiês ideologicamente muito sensíveis, como o aborto, a pena de morte, o casamento homossexual ou porte de armas de fogo.
Comentários