“Os nossos combatentes avançaram dois quilómetros na zona de Bakhmut”, disse a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Malyar, numa mensagem publicada na rede social Telegram citada pela agência espanhola EFE.
Segundo Malyar, “o inimigo não conseguiu levar a cabo os seus planos” e “sofreu enormes baixas”.
A vice-ministra ucraniana disse que as forças de Kiev “não perderam uma única posição em Bakhmut esta semana”.
A batalha por Bakhmut, uma cidade devastada e controlada em cerca de 80 por cento pelas forças russas, é a mais longa e mortal desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022.
A cidade da região de Donetsk (leste) tinha cerca de 70.000 habitantes antes da guerra.
As declarações de Malyar surgem depois de um outro alto responsável militar ucraniano ter dito, na quarta-feira, que as forças russas tinham recuado de algumas áreas perto de Bakhmut, na sequência de contra-ataques das forças de Kiev.
A Rússia negou, na quinta-feira à noite, qualquer recuo das suas defesas por ação das forças ucranianas.
As declarações difundidas sobre “avanços nas defesas que alegadamente tiveram lugar em várias partes da linha de contacto não correspondem à realidade”, afirmou o Ministério da Defesa russo num comunicado citado pela agência francesa AFP.
O ministério não mencionou relatos de uma retirada russa perto de Bakhmut, dizendo apenas que “os destacamentos de assalto continuam a libertar a parte ocidental” da cidade, onde estão localizados as últimas bolsas de resistência ucranianas.
O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigojin, que lidera o ataque terrestre a Bakhmut, queixou-se recentemente de falta de munições e ameaçou retirar-se se não receber mais apoio de Moscovo.
As críticas de Prigojin contribuíram para suscitar dúvidas sobre o potencial das forças russas em termos de fornecimento de munições e quanto à capacidade para ultrapassar as barreiras defensivas da Ucrânia.
O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), com sede nos Estados Unidos, afirmou hoje, na análise diária sobre o conflito, que Kiev “provavelmente rompeu algumas linhas russas em contra-ataques perto de Bakhmut”.
A vice-ministra da Defesa ucraniana também acusou a Rússia de fornecer “informações falsas” sobre a situação das tropas ucranianas para justificar a situação real, segundo a agência espanhola Europa Press.
Referiu ainda que durante a semana, as informações sobre a batalha pela cidade continuaram a ser o tema principal nas redes sociais e meios de comunicação social russos.
“A análise das mensagens mostra que esta cidade é de grande importância para o inimigo. É quase sagrada”, disse Malyar, citada pela agência ucraniana Ukrinform.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
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