“Os nossos grupos ofensivos ainda estão em combate. Em algumas zonas fizemos avanços entre um e três quilómetros”, detalhou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa mensagem de vídeo.
Perto da cidade de Malaya Loknia, onde os combates continuam, espera-se que mais soldados russos sejam capturados, adiantou o comandante-chefe das Forças Armadas ucranianas, Oleksandr Sirski.
O comandante acrescentou que a captura de mais soldados russos permitirá aumentar o grupo para a troca de prisioneiros com Moscovo.
Nas outras zonas da frente de combate a situação está controlada e também não há alterações significativas no leste do país, onde decorrem combates tensos perto de Pokrovsk e Toretsk, na região de Donetsk, acrescentou Sirski.
Também Zelensky frisou que as forças ucranianas estão a reforçar posições em Kursk e a aumentar o ‘fundo de troca’ de prisioneiros.
Um porta-voz militar russo denunciou hoje um ataque ucraniano contra uma ponte na região de Kursk que impede a retirada da população da zona.
“Confirmamos que o inimigo atingiu a ponte sobre o rio Seim. Parte do distrito de Glushovski não poderá ser evacuada por terra”, destacou a fonte militar, citada pela agência de notícias estatal russa TASS.
Segundo ‘bloggers’ militares russos, o bombardeamento destruiu a ponte, dificultando a evacuação de 28 cidades na região de Kursk.
Os especialistas russos consideram que se trata de preparativos para uma ofensiva terrestre contra o distrito de Glushovski, onde as autoridades anunciaram na véspera uma “retirada obrigatória” da população sem saber quantos habitantes conseguiram sair daquele território nas últimas 24 horas.
Segundo o canal Baza da rede social Telegram, informações preliminares indicam que a ponte foi atacada com um míssil HIMARS de fabrico norte-americano.
De acordo com os últimos dados oficiais de Kiev, a ofensiva em Kursk, que começou em 6 de agosto e é a primeira incursão terrestre que a Rússia sofre desde a II Guerra Mundial, conseguiu colocar 80 cidades e um território de 1.150 quilómetros quadrados sob controlo ucraniano.
Entretanto, as forças russas continuam a avançar em direção a Pokrovsk, na frente oriental da Ucrânia, de onde estão a apenas 10 quilómetros de distância.
Autoridades daquele distrito reiteraram hoje os seus apelos à retirada de civis, uma vez que a situação é ameaçadora.
Comentários