“Estas decisões são sempre tomadas com os familiares e baseiam-se, antes de mais, nos desejos dos familiares”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa diária, acrescentando quem, quando houver uma decisão, “ela será tornada pública”, disse ele.
Quando questionado se o Presidente russo, Vladimir Putin, planeia comparecer ao funeral, o porta-voz do Kremlin disse que neste momento não se sabe “quando e como” os funerais das vítimas do desastre aéreo serão realizados, pelo que “não pode haver resposta a isso neste momento”. “.
Segundo canais do Telegram próximos do Grupo Wagner, a despedida de Prigozhin acontecerá amanhã, terça-feira, em São Petersburgo, sua cidade natal.
Possivelmente, o funeral contará com a presença apenas do círculo íntimo do líder de Wagner, indica o canal VCHK-OGPU.
“Por enquanto tudo indica que não haverá [uma cerimónia solene], mas será anunciado que isso se deve ao desejo da família”, disse uma fonte ao canal Telegram.
O Comité de Investigação da Rússia (CIR) confirmou no domingo que o corpo de Prigozhin e os dos outros nove passageiros no acidente aéreo, na quarta-feira na região de Tver, a norte de Moscovo, foram identificados.
Segundo o CIR, a identidade dos ocupantes do avião foi confirmada por análise comparativa de ADN.
No Embraer Legacy 600 de Prigozhin, que caiu por razões ainda desconhecidas a cerca de 200 quilómetros a noroeste de Moscovo enquanto voava da capital russa para São Petersburgo, estava também o comandante principal e cofundador da companhia mercenária, Dmitri Utkin.
Neste momento, as investigações não esclarecem as causas do acidente, entre as quais se considera uma explosão a bordo, uma falha técnica ou mesmo um erro de pilotagem.
Alguns meios de comunicação apontaram a possibilidade de a aeronave ter sido abatida, intencionalmente ou por engano, por mísseis das unidades de defesa antiaérea que protegem uma residência do Presidente russo, Vladimir Putin, localizada junto à rota em que o avião seguia.
Após ter tomado a cidade de Bahkmut, ao fim de meses da batalha mais sangrenta na Ucrânia, entre críticas abertas do seu líder ao ministro da Defesa e Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, o grupo Wagner iniciou há dois meses uma rebelião armada contra as chefias militares de Moscovo.
Uma coluna militar do Grupo Wagner foi parada quando rumava à capital, após mediação de Alexander Lukashenko, presidente da Bielorrússia, para onde parte dos mercenários depois se transferiu, apesar da acusação de traição do presidente russo, Vladimir Putin.
As últimas imagens de Prigozhin foram conhecidas na semana do desastre aéreo, num vídeo supostamente gravado algures em África, onde o Grupo Wagner desenvolve atividades militares em países instáveis.
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