Médico e ortopedista de profissão, Lacerda Sales é atualmente deputado, do PS, à Assembleia da República, tendo presidido recentemente à Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP. Entre 2019 e 2022 foi secretário de Estado, quando Marta Temido era ministra da Saúde.
Em declarações à agência Lusa, o responsável salientou que na Convenção “as ideologias político-partidárias ficam à porta” e acrescentou que o que agrega as mais de 170 entidades que compõem a Convenção são os consensos maioritários, tendo sempre o doente no seu centro.
“Enquanto profissional de saúde e também como responsável político, entendo que devo contribuir para a elaboração de políticas públicas” na área da saúde, defendeu Lacerda Sales, reafirmando a “preocupação pelo doente” do fórum que é a Convenção e na qual estão representadas muitas organizações de doentes.
O novo Alto-Comissário falou dos consensos, em áreas como a literacia e a participação do doente na tomada de decisões, na sustentabilidade, na orçamentação e investimento, na inovação e transição digital, na área do medicamento, na importância de estabilizar os recursos humanos.
Mas também, acrescentou, em áreas como o envelhecimento, as doenças crónicas, a importância de mais investimento na prevenção e promoção da saúde, ou a importância da autonomia estratégica do país e da Europa, nesta área.
“São temas que unem os membros “ da Convenção, que deve ter como linha de orientação esse espírito de consenso, disse Lacerda Sales.
Criada em 2018 a partir de um repto do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que pediu um pacto para a saúde no médio e longo prazo, a Convenção Nacional de Saúde é uma plataforma de diálogo entre os parceiros da saúde e os cidadãos sobre o presente e o futuro da Saúde em Portugal, reunindo mais de 170 entidades do setor público, privado e social.
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