A decisão foi tomada em reunião ordinária do executivo municipal após a aprovação, também por unanimidade, do projeto de execução da futura "Praça Viana".
A obra de reconversão da antiga praça de touros, desativada há cerca de oito anos, desde que cidade se declarou antitouradas, está integrada no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), candidatado a fundos comunitários do Portugal 2020.
A intenção da autarquia passa por transformar a antiga arena, com uma área de 3.800 metros quadrados, e cerca de 65 metros de diâmetro, numa estrutura multifunções, que sirva o desporto e os jovens do concelho, apto para a prática de várias modalidades, em simultâneo, como ginástica, esgrima, patinagem artística e hóquei em patins e basquetebol.
A construção de uma pista de atletismo a dez metros de altura, com 200 metros de extensão e vista panorâmica é uma das valências do futuro 'campus' desportivo.
A pista "será coberta", permitindo a sua utilização "mesmo em condições climatéricas adversas".
A futura "Praça Viana" será gerida pela Escola Desportiva de Viana (EDV), em regime de comodato, dotando a associação de condições adequadas para as inúmeras modalidades e para a formação dos jovens do concelho". A EDV, com 41 anos de existência, tem mais de 1.300 atletas.
O futuro complexo desportivo terá capacidade para receber, em simultâneo, várias modalidades, como voleibol, basquetebol, ginástica e contempla ainda uma zona a concessionar, destinada à prática de ‘fitness'.
O primeiro andar do redondel está destinado à área de restauração, com espaços envidraçados, com vista para o rio Lima, ao museu da EDV. Trata-se de uma área "autónoma" que permite a circulação do público e o acesso às bancadas.
No último piso, igualmente envidraçado, será criada uma sala com 38 metros quadrados, reservada à modalidade de esgrima.
O projeto é da autoria do arquiteto Rui Cavaleiro, responsável pela requalificação realizada no parque da cidade, como o centro de remo e Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA).
A praça foi construída em 1948 e teve uma intensa atividade inicial mas, nos últimos anos, ficou reduzida a apenas um espetáculo anual, por altura da Romaria da Senhora d'Agonia, o que aconteceu pela última vez em agosto de 2008. Está encerrada desde 2009, quando Viana do Castelo se declarou cidade antitouradas.
Chegaram a ser avançadas várias hipóteses para aquele imóvel, como um centro de Ciência Viva, um Centro de Mar - entretanto instalado a bordo do antigo navio hospital Gil Eannes - e um espaço de restauração e atividades náuticas. Até agora não foi dada qualquer utilização pública ao equipamento que se encontra "bastante degradado".
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