No seu discurso, Lavrov dirigiu-se “de modo especial aos representantes turcos e sírios” exortando-os a “demonstrarem a maior flexibilidade possível e serem construtivos”.
Lavrov também assinalou que “a retórica da confrontação e as ofensas passadas devem ficar fora da sala das negociações”.
Moscovo acolheu na segunda-feira e hoje consultas ao nível dos vice-ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Irão, Turquia e Síria, com o objetivo de normalizar as relações entre Ancara e Damasco.
O chefe da diplomacia russa apelou às partes para “debaterem na base do princípio, claro e compreensível, do respeito mútuo pela soberania, unidade e integridade territorial da Síria e Turquia, e orientado no sentido de superar quanto antes os problemas acumulados e restabelecer as relações”.
“É óbvio que estes temas não podem resolver-se em dois ou três encontros”, assinalou, admitindo que “o processo de normalização vai durar bastante tempo”.
Segundo o chefe da diplomacia russa, “o importante é procurar pontos de contacto para criar um equilíbrio de interesses e evitar precondições”.
“Em particular pelo facto de as duas partes terem acumulado muitas querelas mútuas nos últimos anos”, acrescentou.
Na segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Çavusoglu, tinha informado que este encontro a quatro iria avaliar em particular o processo político na Síria e a situação dos refugiados após o longo conflito no país, iniciado em 2011.
Çavusoglu também acrescentou que as partes iriam debater o reforço da ajuda humanitária após os dois sismos que no início de fevereiro devastaram vastas regiões do sudeste da Turquia e do norte sírio.
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