Alexis Tsipras, líder do Syriza, que se define na área da esquerda radical, aproximou-se do secretário-geral do PS e dos chefes de Governo sociais-democratas e socialistas da União Europeia quando desempenhou as funções de primeiro-ministro da Grécia (2015/2019).
“Temos de lutar por uma nova Europa social contra aqueles que querem voltar às políticas de austeridade logo após vencida a pandemia de covid-19. Expresso o meu pleno apoio às forças progressistas de esquerda em Portugal e expresso o meu pleno apoio a António Costa e um novo forte Governo progressista”, declarou o líder do Syriza na sua mensagem, divulgada durante o comício do PS em Almada, na quarta-feira à noite.
Alexis Tsipras conta que conheceu António Costa “num momento muito difícil para a Europa, para Portugal e para a Grécia, quando a correlação de forças era muito má para os progressistas”.
“Lutámos juntos contra a forças de direita conservadoras e as suas políticas de austeridade para proteger o Estado social. Na Europa, lutámos para regressar ao crescimento económico, deixando a crise para trás, para defender os direitos humanos e por políticas justas de proteção aos refugiados”, disse.
Hoje, segundo o ex-primeiro-ministro grego, verifica-se que as políticas e valores pelos quais lutaram durante a crise na zona euro “são agora consideradas a única forma de combate à crise pandémica da covid-19”.
“A reforma do pacto de estabilidade, o reforço do investimento público e apoio ativo aos serviços nacionais de saúde e a proteção dos direitos dos trabalhadores são vistos por muitos como a única forma de proteger a Europa e os cidadãos europeus”, sustentou.
Para Alexis Tsipras, “Portugal tornou-se um exemplo muito importante de como se pode sair de uma crise económica e enfrentar a pandemia, promovendo o crescimento sustentável, protegendo os direitos dos trabalhadores, aumentando os salários e defendendo o Estado social”.
“Portugal é o exemplo que prova que é possível conciliar crescimento económico com justiça social. É o exemplo sobre a importância de ter um Governo progressista durante uma crise pandémica colocando o interesse geral à frente dos interesses de uma elite”, acrescentou.
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