“O propósito de introduzir o Serviço de Defesa Nacional consiste em aumentar o número da população militarmente preparada e treinada, para que a Letónia nunca tenha de experimentar os horrores da guerra que o povo ucraniano está a sentir agora”, referiu, em comunicado, o ministro da Defesa letão, Artis Pabriks.
O Governo da Letónia emitiu hoje a primeira aprovação preliminar para a medida. Após aprovação pelo parlamento, o serviço militar obrigatório deverá entrar em vigor no início de 2023.
Na sequência da medida, a partir de janeiro próximo todos os homens entre os 18 e os 27 anos serão obrigados a prestar serviço militar, primeiro de forma voluntária, apesar de posteriormente, a partir da segunda metade de 2023, “serem recrutados de forma obrigatória”.
Por sua vez, as mulheres poderão cumpri-lo de forma voluntária.
O Ministério da Defesa explicou que o serviço terá uma duração de 11 meses, dividido em dois semestres. No primeiro, os cidadãos receberão treino militar básico e formação numa especialidade militar, enquanto no segundo serão integrados numa unidade das Forças Armadas.
Com esta medida, segundo adiantou o ministro da Defesa na sua conta oficial na rede social Twitter, prevê-se que no primeiro ano seja garantida a participação de 1.000 pessoas, que receberão 300 euros por mês e uma compensação de 1.100 euros ao finalizarem o serviço militar.
As duas contratações anuais estão previstas para os meses de janeiro e julho.
No decurso do treino, os recrutas terão acesso a alimentação, uniformes, equipamento militar e alojamento nos quartéis. Após a conclusão do serviço, serão incluídos na reserva, ou poderão ser incorporados na Guarda Nacional por opção própria.
“No decurso dos próximos cinco anos planeamos aumentar gradualmente o número de recrutas, e a partir de 2028, esperamos recrutar 7.500 cidadãos letões por ano: 6.000 para o serviço das Forças Armadas, 1.200 para o serviço da Guarda Nacional e até 300 para treino militar especial de estudantes universitários”, acrescentou.
O Ministério da Defesa letão anunciou em julho passado a intenção de iniciar o processo, com a primeira fase a decorrer a partir de janeiro de 2023 devido à crise de efetivos no sistema militar do país.
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