Malissa Ann Ancona, de 44 anos, e o seu filho de 24, Paul Edward Kinkerson Jr. foram acusados de homicídio de primeiro grau por terem manipulado evidências de um crime e abandonado o cadáver à beira do rio.
A vítima terá sido morta com um tiro na cabeça e é, nada mais, nada menos, que o líder do Ku Klux Klan no Missouri, Frank Ancona, marido e padastro, respetivamente, dos dois acusados.
O corpo do líder do grupo antissemita, defensor da supremacia branca, foi encontrado no passado sábado junto ao Big River, a mais de 32 quilómetros da sua casa, em Leadwood, no Missouri, por uma família que tinha ido pescar.
Segundo as perícias policiais, o crime aconteceu na passada quinta-feira, dia 9 de fevereiro, Frank Ancona terá sido assassinado na cama e transportado no veículo de Paul, seu enteado, até às margens do rio, de acordo com um depoimento prestado em tribunal por Matt Wampler, detetive do Departamento do Condado de St. Franco.
Na sexta-feira, Malissa Ancona fez uma publicação na rede social Facebook onde dizia que o seu marido se encontrava desaparecido pedindo a quem o visse que contactasse a polícia. Ao mesmo tempo anunciava, noutra publicação, que procurava uma nova pessoa com quem partilhar a casa.
Depois de na sexta-feira ter sido dado como desaparecido, Ancona disse às autoridades que o seu marido tinha sido enviado, em trabalho, na quarta-feira, para entregar algumas peças de automóveis. Uma afirmação que o patrão de Frank negou, dizendo que tinha sido ele próprio a participar o desaparecimento uma vez que Ancona não tinha aparecido para trabalhar, revela a polícia.
As autoridades, conta o Huffington Post, referem que Malissa terá, alegadamente, admitido que o filho deu um tiro na cabeça do seu marido enquanto este dormia, e que ela própria ajudou a limpar o sangue.
Informação que bate certo com as provas recolhidas pelos investigadores que encontraram várias marcas de sangue no quarto do casal.
Para além das marcas de sangue foi encontrado um cofre arrombado onde estavam as armas de Ancona. Mas as autoridades encontraram-no vazio. Malissa Ancona explicou à polícia que foi o seu marido a levá-las antes de sair de casa em viagem.
Frank Ancona era designado como o 'feiticeiro imperial' dos autodenominados cavaleiros americanos tradicionalistas, do Ku Klux Klan (KKK).
Uma foto no site da organização mostra Ancona de roupão branco, com um capuz, à frente de uma cruz em chamas. Numa mensagem assinada pelo próprio, Frank diz que os membros do KKK “devem derrotar … comunistas, socialistas, anti-Deus, anti-brancos e os inimigos americanos dentro das nossas próprias fronteiras”.
A viúva e o seu enteado estão presos desde segunda-feira sob fiança.
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