“A Câmara Municipal de Lisboa está a proceder ao reforço da instalação de medidas passivas de segurança na via pública, tendo em vista melhorar a proteção em zonas com elevada afluência de pessoas”, adiantou o município através de comunicado enviado às redações.
Contactada pela agência Lusa, a Câmara Municipal escusou-se a prestar mais declarações sobre o assunto, nomeadamente quais os motivos que justificam este reforço de segurança ou quais as medidas concretas que estão a ser aplicadas.
No comunicado, o município apontou apenas que se trata de “soluções compatíveis com o acesso rápido para eventuais operações de socorro, em particular por parte de bombeiros e ambulâncias”.
Em declarações à RTP, junto ao Mosteiros dos Jerónimos, o vereador do Espaço Público, Manuel Salgado, afirmou que "isto já estava a ser estudado há tempos".
"Não nego que neste momento foi acelerada a instalação deste dispositivo em vários locais, principalmente nos locais que têm maior concentração de pessoas, sejam turistas, sejam nacionais, e que são zonas que são potencialmente mais perigosas", advogou o autarca do município de maioria socialista.
O comunicado acrescenta que "esta intervenção está a ser feita em coordenação com a PSP, na zona do Chiado, Rua Augusta e Mosteiro dos Jerónimos", em Belém.
O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP explicou à Lusa que as medidas passam pela “colocação de objetos pesados e de grandes dimensões que impeçam a passagem de viaturas nestas zonas”.
Estas medidas surgem poucos dias depois de a região da Catalunha, Espanha, ter sido alvo de dois ataques terroristas, que fizeram um total de 14 mortos e 135 feridos, com a utilização de viaturas que atropelaram pessoas indiscriminadamente.
A facilidade com que a furgoneta que na quinta-feira percorreu metade das Ramblas, onde entrou desde a Praça da Catalunha, em Barcelona, tem sido apontada como uma falha na segurança por populares e organizações.
Esta questão foi rejeitada pela presidente da Câmara de Barcelona, que defendeu que não seria possível evitar um atentado como o de quinta-feira, porque se houvesse barreiras, os terroristas teriam conseguido entrar por outro lado.
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